quinta-feira, 3 de março de 2011

Desejos Impuros - Parte 12 - Conflitos e Pensamento

Inicialmente quando encostei a minha mão na de Franco não senti muita diferença, mas de qualquer forma eu queria que ele sentisse que eu estava criando confiança nele. Então no exato instante em que nossas mãos se tocaram não pensei em mais nada, deixei a mente livre para que este pudesse ouvir e ver o que ele quisesse. Ainda calmo, mas concentrado. Rosenberg apertou um pouco a minha mão e por fim usou o seu poder. Meu Deus, se eu não estivesse passando por aquela experiência talvez eu não acreditasse. A primeira imagem que veio em minha mente foi eu, Carol e Thalita chegando no pátio onde Rosenberg nos esperava. Também teve uma parte em que vi ele andando de um lado para o outro distraído, e por mais que me parecesse estranho, eu estava vendo tudo aquilo em preto e branco (escala de cinza) o que deixava a minha visão ainda mais confusa.

Rosenberg tentando ser o mais cuidadoso possível começou a explorar a minha rotina de hoje. Voltando todo o percurso que eu tinha feito até acordar. Era como se você sentasse em frente a uma televisão e começasse a rebobinar o vídeo cassete, vendo todo o filme de trás para frente. Senti até um pouco de tontura pelas imagens em preto e branco, mas não interferi no que Franco estava disposto a fazer. Então chegou a parte em que fomos transformadas, e então ele começou a ler meus pensamentos. Tudo o que eu havia pensado e sentido naquele exato momento em que havíamos o encontrado no parque abandonado agora ele podia ver e sentir também. Porém tinha algumas coisas que de fato eu temia que ele visse, como o ataque de ciúmes que eu tive quando o vi seduzindo Carol para torná-la inteiramente imortal.

Porém Franco não queria ficar só no tempo atual, ele foi ainda mais longe, passando com certa velocidade por lembranças minhas que nem eu mesma me lembrava mais, como: Meu aniversário de 1 aninho, o primeiro natal em que passei com a minha avó, meu primeiro dia no colégio, a festa de são João da 3ª série e assim foi, mais e mais lembranças passavam pela minha mente, um verdadeiro labirinto de recordações.

A sensação de ter alguém lendo a sua mente daquela forma era assustadora, era como ter alguém "passeando pela sua mente" e olhando tudo que queira sem pedir licença. Funçando lhe, invadindo lhe, explorando lhe. Você se sente estranho, com tontura e sem nenhum controle sobre seus pensamentos. Estes acabam sendo como uma onda de lembranças, inundando a sua cabeça, fazendo com que você fique ainda mais perdido e inconstante. Tudo estava indo bem até o momento em que de repente Franco voltou para o presente, para ser mais específica no meu primeiro dia de aula no Colégio Mackenzie, passando por toda a minha frustração de ser novata e o medo de não ser aceita. Durante toda essa experiência as minhas lembranças e imagens estavam um pouco distorcidas, eram tipo visões ou algo parecido, mas não me liguei muito nisso.

Novamente as imagens pulam, e fomos parar no primeiro dia de aula dele, o que me deixou incomodada. Eu pude ver o exato momento em que bati na porta e o vi pela primeira vez, foi paixão a primeira vista, eu sabia que eu queria aquele homem para sempre. Mas pensando que Franco Rosenberg poderia estar lendo meus pensamentos naquele instante, puxei a minha mão rapidamente da dele e a escondi. Franco que havia se desligado muito rápido de mim, fitou-me com olhos confusos e perguntou: "Por que fez isso?". Encarei-o e disse sem medo: "Não gosto que leem meus pensamentos, muito menos professores”.

Um comentário:

Dαyαnє disse...

Oi,

Nossa, isso sim é um poder legal *---* rs'

Meio invasivo, mas com certeza interessante. E, nossa, preciso muito do próximo capitulo!

Ps: não disse que ia enjoar de mim por aqui O.o' rs'

~> Beijusss...;*